Na cabeça me vêm simplesmente o som de “The Boy With The Arab Strap”
e não consigo lembrar de mais nada, sinto o sangue passar em meu baços
aquecendo meu corpo. Acelero numa viajem solitária sem destino ou hora
para chegar. Nesse momento a sensação de estar só tem seu mais alto grau
de satisfação momentânea. O vento bate em meu rosto, as estrelas são meu
entusiasmo e na Lua está escondido o troféu que tanto busco, a essência do
meu sorriso.
Às vezes é gostoso sentir solidão, mesmo que muitos achem que é um
problema, mas na verdade é um momento de reflexão que se têm para
realizar o que mais se deseja, mesmo quando não se sabe o que é. Pode
se dizer que a solidão é triste e desumana, mas o que é ser humano?
Acho que existe um motivo coerente quando optamos em estar
só mesmo contra a nossa vontade, o universo da nossa realidade, faz tudo
acontecer e quando você se dá conta, sua magnitude psicológica, independente
de aceitação se torna o motivo maior de estar respirando naquele momento.
Quando se vai para cantos onde não há ninguém e começa a observar o que na
verdade está acontecendo diante dos seus olhos, sita a sensação de estar
finalmente no controle. Nesses momentos não tem ninguém por perto para
te dizer que você vai ou não consegui algo, simplesmente se faz uma auto
avaliação da sua necessidade que seja coerente a realidade do momento
da sua vida. A resposta e a decisão é sua.
Aprecie escutar um som te transporte ao mundo só seu, com seus defeitos e
qualquer qualidade que você queira ter. O som pode ser uma boa musica, o
ressoar das ondas em um fim de tarde ou inicio da manhã, um reggae
jamaicano ou uma batida de jazz próximo ao pôr do sol, o som é seu.
As horas passarão tão rápido que não há uma possibilidade de controlar o tempo.
O que falta nessa hora, é que aquele alguém esteja ali, do seu lado
para desfrutar desse momento único, porém se estivesse, o momento
não seria mais esse.